A obesidade é uma condição de saúde crônica que atinge proporções alarmantes a nível planetário. De acordo com a revista científica, The Lancet, mais de 1 bilhão de pessoas vivem com obesidade no mundo, sendo 880 milhões de adultos e 159 milhões de crianças.
Quando este número é transportado para o Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 60% dos adultos brasileiros já possuem excesso de peso, isso representa 96 milhões de pessoas. Dessas, 1 em cada 4, representando o total de 41 milhões, já adquiriram obesidade.
Ao contrário do que o senso comum afirma, a obesidade é preocupante, uma vez que ela vai muito além das questões estéticas, estando diretamente ligada a sérios riscos à saúde. Essa comorbidade aumenta significativamente a probabilidade de desenvolvimento de diversas doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, apneia do sono e certos tipos de câncer, como os de mama e cólon.
Além disso, a obesidade sobrecarrega as articulações, favorecendo o surgimento de problemas ortopédicos, e pode estar também associada a distúrbios psicológicos, como ansiedade e depressão. O impacto negativo da obesidade no corpo e na qualidade de vida torna seu controle uma prioridade para a saúde pública.
Principais Fatores de Risco da Obesidade
A obesidade é uma comorbidade multifatorial. Isso quer dizer que, para que ela exista, é necessário uma combinação de diversos fatores, dentre eles, o estilo de vida, a genética e o ambiente. Alguns dos principais condições que agravam o surgimento da obesidade, são:
- Sedentarismo: A falta de atividade física regular é um dos maiores contribuintes para o ganho de peso excessivo. A inatividade diminui a queima de calorias, favorecendo o acúmulo de gordura corporal.
- Dieta desequilibrada: Pesquisas apontam que o consumo elevado de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares, gorduras saturadas e sódio, é um grande vilão. Dietas pobres em fibras, vegetais e proteínas também contribuem para o ganho de peso.
- Fatores genéticos: Embora a genética não seja a causa direta da obesidade, ela pode influenciar a forma como o corpo armazena gordura e processa os alimentos. Pessoas com histórico familiar de obesidade têm mais chances de desenvolver a condição.
- Distúrbios hormonais: Doenças como o hipotireoidismo, a síndrome de Cushing e outros distúrbios hormonais podem predispor ao ganho de peso descontrolado, dificultando o equilíbrio do peso corporal.
- Fatores emocionais: O estresse, a ansiedade e outros transtornos emocionais podem desencadear comportamentos alimentares desordenados, como a compulsão alimentar, levando à incidência de doenças e ao ganho de peso.
- Medicamentos: Alguns fármacos, como antidepressivos e corticosteroides, podem ter efeitos colaterais que contribuem para o aumento de peso.
O Papel da Nutrologia no Tratamento da Obesidade
A nutrologia é a especialidade médica que foca no diagnóstico, prevenção e tratamento de diversos distúrbios nutricionais, dentre eles, a obesidade. Ao contrário da nutrição, que se concentra na elaboração de dietas, o médico especializado em nutrologia atua de forma mais ampla, considerando aspectos clínicos e metabólicos que influenciam o peso corporal.
Os principais objetivos dessa área médica no combate à obesidade incluem:
- Avaliação global do paciente: Um nutrólogo analisa o histórico médico, os hábitos alimentares, os exames laboratoriais e a composição corporal do paciente para identificar as causas do excesso de peso e todas as consequências que ele pode ocasionar.
- Estratégias personalizadas de perda de peso: Com base em uma avaliação personalizada, o nutrólogo pode prescrever mudanças na alimentação, acompanhamento nutricional e suplementação, além de propor tratamentos medicamentosos, quando necessário.
- Monitoramento de comorbidades: O tratamento de doenças associadas à obesidade, como diabetes e hipertensão, é fundamental para prevenir complicações a longo prazo. O médico nutrólogo realiza esse monitoramento de forma aprofundada.
- Educação alimentar: O nutrólogo educa o paciente sobre escolhas alimentares saudáveis e mudanças sustentáveis no estilo de vida, promovendo uma relação mais equilibrada com a comida.
- Tratamento multidisciplinar: A obesidade, muitas vezes, exige uma abordagem integrada, envolvendo psicólogos, endocrinologistas, cardiologistas, e educadores físicos para um manejo eficaz e duradouro.
Principais áreas de atuação de um médico nutrólogo
Contribuindo com diversas áreas da saúde humana, o nutrólogo busca entender a relação entre os alimentos, o metabolismo e o organismo, desenvolvendo estratégias personalizadas para melhorar o estado nutricional dos pacientes.
Além de tratar condições como a obesidade, desnutrição e deficiências de vitaminas e minerais, ele também opera no suporte a atletas, na prevenção de doenças crônicas, no manejo de distúrbios alimentares e no envelhecimento saudável, tornando-se um aliado importante na busca por qualidade de vida. Conheça abaixo as principais áreas de atuação do médico nutrólogo:
- Avaliação nutricional clínica: Atuação no diagnóstico e na intervenção de doenças relacionadas à alimentação, garantindo que o paciente receba os nutrientes necessários de forma equilibrada.
- Prevenção e tratamento da obesidade: Um dos maiores desafios da nutrologia é o combate à obesidade, uma doença multifatorial que impacta diretamente a qualidade de vida e aumenta o risco de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.
- Nutrição esportiva: O nutrólogo também trabalha com atletas e pessoas que buscam melhorar sua performance física, ajustando dietas para maximizar o desempenho e a recuperação muscular.
- Controle de doenças crônicas: A Nutrologia ajuda no controle de doenças como dislipidemia, hipertensão e síndrome metabólica, todas elas ligadas a padrões alimentares inadequados.
Capacite-se com uma Pós-graduação em Nutrologia
A obesidade é uma das principais ameaças à saúde global, com impactos que vão além da balança e da estética. A combinação de fatores de risco individuais e coletivos exige atenção especial e uma abordagem multidisciplinar.
A nutrologia desempenha um papel imprescindível no tratamento da obesidade, oferecendo aos pacientes uma estratégia personalizada que envolve alimentação, controle de comorbidades e mudanças no estilo de vida, possibilitando uma vida mais saudável e de qualidade.
Combatê-la requer não apenas tratamentos clínicos, mas uma profunda transformação nos hábitos de vida e nas escolhas alimentares.
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