No dia 30 de dezembro de 2019, a startup de Toronto (Canadá) BlueDot disponibilizou um relatório sugerindo que seus clientes evitassem viajar para a região de Wuhan, na China. A análise de mais de 100 mil artigos e notícias, publicados em 65 idiomas, havia apontado que a área seria um epicentro de epidemia.
Dias depois, algoritmos do Boston Children’s Hospital e da empresa Metabiota, de São Francisco, lançaram alertas semelhantes. “A inteligência artificial (IA) identificou a pandemia antes mesmo do primeiro alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, lembra Valesca Garcez, gerente de Produto de Serviços de TI da Embratel.
Um ano depois da eclosão da pandemia, a IA continua ganhando força no combate ao novo coronavírus, sendo inclusive utilizada para testar componentes capazes de desenvolver remédios e vacinas para a Covid-19.
Valesca explica que esses avanços não são alcançados automaticamente.“Aplicações de inteligência artificial precisam ser municiadas com dados, depois treinadas, até alcançar a capacidade de fazer análises com velocidade e precisão muito maiores do que os humanos conseguem.”
A especialista ressalta que se faz necessário formatar soluções de IA para objetivos bastante específicos, de modo que o algoritmo aprenda e se torne muito bom em resolver um determinado problema. “O fator humano é importante, para estabelecer os parâmetros de trabalho da aplicação.”
Antes mesmo da pandemia, a inteligência artificial já era utilizada para identificar casos suspeitos de câncer de mama. Tendo como base milhares de exames de imagem, especialmente tomografias, aplicações IA traçam padrões e identificam sinais de risco cancerígeno com mais rigor do que os olhos humanos.
No caso específico do novo coronavírus, num primeiro momento não havia informações suficientes para municiar aplicações inteligentes. Na medida em que a doença avançou, o Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) criou e disponibilizou, para hospitais de todo o país, a rede Inteligência Artificial para Covid-19 no Brasil (IACOV-BR). Experiências semelhantes foram colocadas em prática na Europa e Estados Unidos.
Trata-se de um sistema capaz de ajudar na triagem de pacientes. Os dados de cada caso suspeito de Covid-19 passaram a ser lançados em um software, que avalia não só as chances de a pessoa estar contaminada, como também os riscos para a saúde. Desse modo, fica mais fácil apontar quais casos precisam mais dos leitos de UTI e respiradores.
Mas a aplicação da inteligência artificial na saúde vai muito além. Em seu relatório “Health Insights: Worldwide Value-Based Healthcare IT Transformation Strategies”, a consultoria IDC lista diversas aplicações. Uma das mais surpreendentes envolve a melhoria na qualidade do primeiro atendimento aos pacientes, que passam a fornecer sintomas para máquinas que processam esses dados e encaminham aos especialistas mais adequados.
As aplicações também passam pelo fornecimento de dados atualizados para as equipes médicas, com a possibilidade de automatizar a gestão das informações atualizadas dos prontuários dos doentes, em especial os hospitalizados. A IA auxilia ainda na análise de riscos e na precificação dos valores dos planos de saúde.
Ganhos também são alcançados na gestão das equipes de empresas do setor. Segundo estudo da consultoria Gartner, nos próximos três anos, 50% das empresas provedoras de atendimento de saúde dos EUA vão investir na automação dos processos internos, incluindo folha de pagamento e contabilidade de horas extras.
A Embratel entrega aos seus clientes soluções de IA compostas por um conjunto de tecnologias alimentadas por grande volume de dados. O time da empresa analisa a realidade de cada cliente e indica uma abordagem personalizada.Na sequência, o sistema é codificado e então exposto às informações para testar seu comportamento inteligente e corrigir possíveis inconsistências.
Após a implementação, os especialistas da Embratel continuam acompanhando o funcionamento das aplicações, dando todo o suporte ao cliente. Quando necessário, esses profissionais fazem intervenções e revisam processos, sempre com o objetivo de aumentar a curva de aprendizado da ferramenta e aperfeiçoar seus serviços.
Texto extraído do site Valor: https://valor.globo.com/patrocinado/embratel/juntos-no-proximo-nivel/noticia/2021/02/09/vencendo-desafios-na-pandemia-inteligencia-artificial-avanca-na-saude.ghtml